sábado, 12 de fevereiro de 2011

Conheça Juiz de Fora! - Minas Com seu jeito de ser!!!


DECLARAÇÃO DE AMOR (Imagens de Juiz de Fora)



Juiz de Fora! Juiz de Fora!
Guardo entre as minhas recordações
Mais amoráveis, mais repousantes
Tuas manhãs!

Um fundo de chácara na Rua Direita
Coberto de Trapuerabas
Uma velha jabuticabeira cansada de doçura
Tuas três horas da tarde...

Tuas noites de cineminha namorisqueiro...
Teu lindo parque senhorial mais segundo reinado do
que a própria Quinta da Boa Vista...
Teus bondes sem pressa dando voltas vadias...

Juiz de Fora! Juiz de Fora!
Tu tão de dentro deste Brasil!
Tão docemente provinciana...
Primeiro sorriso de Minas Gerais!


Juis de Fora
São muitos os caminhos que fazem a história de Juiz de Fora. Desde o século XVIII, a construção de rotas de ligação entre a província de Minas Gerais e o porto do Rio de Janeiro é também a narrativa do surgimento e consolidação da cidade. Primeiro foi o Caminho Novo, aberto por Garcia Rodrigues Paes no inicio dos anos setecentos, a pedido do rei de Portugal para dar passagem a burros de carga com ouro e diamantes extraídos das minas.

O movimento de tropas provocou o surgimento de ranchos, hospedarias e postos de fiscalização do transporte das riquezas. Um dia estaca a tropa, para o descanso. Do pouso transitório surgido de interesse contigente, surge o núcleo. A estalagem improvisada permanece após a retirada. Outros viageiros chegam, encontram gente, estanciam. A venda mostra-se, e aos domingos os lavradores reúnem-se para a reza e a conversa. O compadrio completa o quadro social da aldeia nascente.

A estalagem atrai o ferreiro, consolida o negócio da venda. Arria a mochila, campeando o mascate, que ali pega no negócio definitivo, antes de carecedor de andança e canseira. A rancharia começa a atrair os interesses das lavouras vizinhas. Um centro de pousada, com gente afoita e vivida. Afinal, vira rua de feira franca, movimentada e, em pouco tempo, ganha trepidação e gente nova. Estende-se o arruado, acompanhando o ribeirão. Cresce o arraial. Com algum tempo surgem as cidades como Borda do Campo (Barbacena), João Gomes (Santos Dumont) e Santo Antônio do Paraibuna (Juiz de Fora).

O êxodo das minas faz crescer os pontos esparsos. O viajante Mawe, então visitaria Juiz de Fora. Saint-Hilaire descreve o que era uma fazenda pouco depois, e Alexandre Caldoleug esclarece, em 1821, que a sede do município era um lugarejo com duas ou três choças. Entretanto, a passagem de tropas e de gente com destino às fazendas fluminenses dava àqueles sítios um movimento constante. Proporcionava a colocação do sobejo das lavouras na rota de um comércio sempre crescente.

Em 1836 o governo da província encarregaria Henrique Halfeld de construir a estrada do Paraibuna. O engenheiro aproveitaria o curso do Caminho Novo, mas mudou a rota a partir da região hoje conhecida como Benfica. O engenheiro, já na margem direita do rio, traçou a reta em torno da qual se desenvolveu a cidade, deixando em abandono o antigo núcleo de povoação que surgira a partir da velha fazenda do Juiz de Fora, um magistrado que deixou muitas histórias, dúvidas e o curioso nome para a cidade.

Em 1853, daria início Mariano Procópio à construção da estrada de rodagem, concluída nove anos depois. Estabelecia-se, a partir de então, um serviço de diligências e de carroças para o transporte de mercadorias e passageiros a Petrópolis. Em 1857, Juiz de Fora já possuía uma agência bancária; e quatro anos depois a Estrada União e Indústria chegava à cidade de Paraibuna. Podia-se, enfim, num dia só, ir à cidade imperial ou ao Porto de Estrelas.

A construção da estrada merece destaque, também, pela formação de uma colônia de imigrantes germânicos (Colônia Dom Pedro II), contratados por Mariano Procópio para trabalhar na obra e que seriam responsáveis pelos primeiros núcleos industriais da vila. Os primeiros colonos alemães eram artífices e chegaram em 1856, instalando-se na antiga Vilagem, atuais bairros Fábrica e Mariano Procópio. Os demais, em número de 1152 (mais do que toda a população da cidade), chegaram em 1858 e foram contemplados com lotes de terras nos atuais bairros de São Pedro e Borboleta, voltados para a produção de gêneros de subsistência.

A presença desses colonos na pequena cidade muito contribuiu para a criação de manufaturas, verdadeiros embriões do futuro desenvolvimento industrial que marcará a cidade no final do século XIX. Fundaram-se pequenas fábricas ou oficinas, com pequeno capital acumulado durante a permanência na Cia União Indústria ou de poupança trazida pela imigração italiana que se seguiria.

A cidade cresce na segunda metade do século. A lavoura cafeeira permitiria a acumulação de capitais para um surto industrial. O entreposto comercial e a maior concentração de capital foram fatores aliados para o crescimento da cidade. Na década de oitenta, transferindo-se para Juiz de Fora, Bernardo Mascarenhas dá início ao plano de fundação da primeira usina hidrelétrica da América do Sul, a Companhia Mineira de Eletricidade. Fora o pioneiro da indústria têxtil em Minas, montando a Fábrica do Serro, em Tabuleiro Grande, fazendo aparecer, em 1858, os primeiros metros de tecido de algodão.

Na década de 80 se organiza o espaço urbano. Surgem estabelecimentos de ensino importantes. Bondes de tração animal, telégrafo, telefone, água a domicílio com a implantação da iluminação pública, incrementando-se serviços como a fundação, em 1887 do Banco Territorial e Mercantil; de Minas Gerais e do Banco de Crédito Real (1889), por iniciativa de fazendeiros e a comunidade local. Com a energia elétrica, as facilidades de transporte e a disponibilidade de mão-de-obra, principalmente com o incremento da imigração italiana, a atividade industrial se desenvolve, sendo liderado pelo setor têxtil, seguido o da produção de alimentos.

Em 1911, Juiz de Fora despontava com 60 estabelecimentos industriais, chegando a 108 em 1921. O desenvolvimento industrial encontra, entretanto, na década de 20, seus limites. Dentre os fatores destaca-se a transferência de recursos para o Rio de Janeiro, que passa a drenar recursos seja na própria atividade comercial, seja pela transferência de capitais na forma de juros de empréstimos. Por outro lado, o oeste paulista, com o desenvolvimento da lavoura cafeeira em bases estritamente capitalistas desloca a hegemonia econômica para São Paulo, desequilibrando outras economias, como a juizforana. Internamente, com a decisão de transferir e implantar a capital em Belo Horizonte, Juiz de Fora deixa de ser destino de aplicação de recursos durante muitos anos. Estes fatores combinados atuaram no sentido do esvaziamento econômico da região.

O setor industrial tem também uma outra face. A face dos trabalhadores nacionais e estrangeiros que vão constituir uma numerosa classe que se caracteriza por uma longa história de lutas por melhorias salariais e condições de trabalho. A ocorrência de greves de grande impacto ocorridas em 1912, 1920 e 1924, são evidências de que o núcleo operário com influências anarquistas, comunistas e reformistas, conseguiram ultrapassar os controles impostos pela classe dominante. Foram criadas diversas associações operárias, voltadas para a defesa dos direitos trabalhistas. Uma das mais importantes foi criada em 1920, a chamada Federação Operária Mineira. A história da classe operária de Juiz de Fora desvenda fenômenos capazes de facilitar a compreensão do presente.

Juiz de Fora

Catedral de Santo Antônio - Igreja Matriz de Juiz de Fora

Catedral de Santo Antônio

Catedral de Santo Antônio

Catedral de Santo Antônio - Nave central

Catedral de Santo Antônio - Arco cruzeiro

Prefeitura Municipal de Juiz de Fora
 
Câmera Municipal de Juiz de Fora
 
Repartições públicas municipais
 
Colégio Delfim Moreira - Juiz de Fora
 
Colégio católico

Colégio de freiras católicas

Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora

Biblioteca Central da UFJF

Reitoria da UFJF

Entrada da Academia de Comércio

Prédio da Academia de Comércio

Detalhe de pintura no interior do Cine Teatro Central.

Cine Teatro Central

Centro Cultural Bernardo Mascarenhas.

Biblioteca Municipal

Centro Cultural Bernardo Mascarenhas

Centro Cultural Pró-Música

Centro Cultural Pró-Música
Manuel Bandeira

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