quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

BÁRBARA HELIODORA - Primeira poeta brasileira ...

BÁRBARA HELIODORA - Primeira poeta brasileira ...

 

Casa de Bárbara Heliodora


Construção de 1770, em estilo colonial, foi residência de Barbara Heliodora quando seu marido, Alvarenga Peixoto, foi para o exílio após a Inconfidência Mineira.
Localização: Rua Saturnino de Oliveira, 200, Centro

Bárbara Heliodora

Bárbara Heliodora
Bárbara Heliodora, em gravura de Carlos Ayres, inspirado em traços históricos e figuras femininas das suas descendentes.
Nome completoBárbara Heliodora Guilhermina da Silveira
Nascimentoc. 1758São João del-Rei, Minas Gerais, Brasil
Morte24 de maio de 1819
São Gonçalo do Sapucaí, Minas Gerais, Brasil
NacionalidadeBrasil Brasileiro
OcupaçãoAtivista política, mineradora, poetisa
Bárbara Heliodora[1] Guilhermina da Silveira (São João del-Rei, c. 1758São Gonçalo do Sapucaí, 24 de maio de 1819) foi uma poetisa brasileira.Nascimento
Foram seus pais o Dr. José da Silveira e Sousa e D. Maria Josefa Bueno da Cunha. Para alguns estudiosos, era descendente de uma das famílias paulistas mais ilustres: a de Amador Bueno, o aclamado.

 Casamento

Era casada com o Inconfidente Alvarenga Peixoto. Na realidade, Alvarenga Peixoto e Bárbara Heliodora viveram juntos por algum tempo, e só se casaram, por portaria do Bispo de Mariana, em 22 de dezembro de 1781, quando Maria Ifigênia, filha do casal, já contava três anos de idade. Desta união nasceram quatro filhos José Eleutério, João Damasceno (Que mais tarde seria chamado de João Evangelista) e Tristão Antônio. Em virtude de seu casamento com Alvarenga, e sua instantânea participação no movimento Inconfidente, Bárbara ganhou o título de "Heroína da Inconfidência Mineira".
Perdeu Maria Ifigênia, sua filha mais velha, quando esta ainda estava com seus 13 anos, e sofrera uma violenta queda de cavalo que causara sua morte, em virtude da viagem de volta de Campanha da Princesa para São Gonçalo do Sapucaí.

Participação da Inconfidência

Para Aureliano Leite em "A Vida Heróica de Barbara Heliodora", "ela foi a estrela do norte que soube guiar a vida do marido, foi ela que lhe acalentou o seu sonho da inconfidência do Brasil … quando ele, em certo instante, quis fraquejar, foi Barbara que o fez reaprumar-se na aventura patriótica. Disso e do mais que ela sofreu com alta dignidade, fez com que a posteridade lhe desse o tratamento de Heroína da Inconfidência".

Pós-Inconfidência

Alguns anos depois, com a descoberta do movimento Inconfidente, Alvarenga Peixoto foi preso, sentenciado e declarado infame pela Coroa Portuguêsa. Seus bens foram confiscados. Foi degredado para Ambaca, em Angola, na África, onde viera a falecer. A partir de então, Bárbara viria a morar com seus filhos e sua irmã.
Essas duas perdas foram umas das teorias usadas como motivo para atestar a suposta demência de Bárbara Heliodora. A poetisa viveu entre a vila de Campanha da Princesa e a de São Gonçalo do Sapucaí.

Teoria da Demência

O Capitão-de-Mar e Guerra Alberto Carlos da Rocha, no artigo publicado (sob as iniciais A.C.R.) em 11 de outubro de 1931, no periódico A Opinião de S. Gonçalo do Sapucaí, explica as razões da decretação da demência de Bárbara: com o propósito de se livrar da ameaça de seqüestro e execução, ela "vendeu", por escritura de 27 de julho de 1809, os bens que ainda lhe restavam ao seu filho José Eleutério de Alvarenga. Ora, tal manobra, ao que parece, prejudicava a Fazenda Real; para que fosse anulada a citada escritura, Heliodora foi declarada demente.[5]

 Morte

Bárbara viveu seus últimos anos na cidade sul-mineira de São Gonçalo do Sapucaí, onde mantinha propriedades com atuação na mineração e agricultura, comandadas em sociedade com seu compadre João Rodrigues de Macedo.
Na mesma cidade veio a falecer em 24 de Maio de 1819, sendo sepultada na Igreja Matriz da cidade, "das grades para cima" (sic)..[6]
A certidão de óbito ainda reza que Bárbara faleceu de tísica (tuberculose), e recebeu todos os sacramentos.
Em meados da década de 1920, seus ossos foram trasladados para o cemitério local, e ali enterrados em vala comum, sendo que o paradeiro de seus restos mortais até hoje é considerado incerto.

Obra

A produção literária de Bárbara Heliodora é bastante reduzida e controvertida. A ela são atribuídos os poemas Conselhos a meus filhos e um soneto dedicado a Maria Ifigênia, mas nem todos os estudiosos são unânimes nesta atribuição.

Representações Na Cultura

Referências

  1. Segundo um recibo de compra de escravo, lavrado por Bárbara em 1791, encontrado no museu da cidade de Campanha, Minas Gerais, a grafia correta da segunda partícula do nome de Bárbara seria "Eliodora".
  2. "História de Conjuração Mineira", páginas 176-186
  3. Biografia de Bárbara Heliodora e Alvarenga Peixoto. Portal Tudoave (Abril de 2008). Página visitada em 12 de outubro de 2010.
  4. LEITE, Aureliano, "A Vida Heróica de Barbara Heliodora", 1860
  5. LEONEL de Rezende, Roberto, "Rudimentos Históricos de São Gonçalo do Sapucaí", 1960
  6. Mitra Diocesana da Campanha, Livro de Óbitos, 1819

Ligações externas

Um comentário:

  1. Gosto muito da história da Bárbara e de São João del-Rei. Como mineiro orgulhoso de minhas raízes, acredito que são exemplos do que Minas Gerais tem de melhor!
    Tive dificuldade em ler o texto e acredito que o mesmo aconteça com outras pessoas. Sugiro trocar a cor das letras para branco, amarelo, laranja ou outra cor que faça um bom contraste com o belo fundo do blog.

    ResponderExcluir