quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

História do América MG - O Coelhão das Minas & Gerais







30 de abril de 1912 - NASCE O AMÉRICA FUTEBOL CLUBE - O Clube foi fundado por garotos da elite minera, em sua quase totalidade estudantes do "Gymnasium Anglo-Mineiro", onde as aulas eram dadas em inglês, por professores norte-americanos na maioria.

O nome do clube foi escolhido por sorteio. Entre os nomes estava "América Foot-ball Club", em homenagem aos Estados Unidos da América, dos quais os meninos eram fans, pelas histórias contadas por seus professores, apesar de vários deles, inclusive Afonso Silviano Brandão (sobrinho do "Presidente" de Minas Gerais, Bueno Brandão - os Estados possuiam Presidentes e não Governadortes na época) serem torcedores do América FBC do Rio de Janeiro. 

O clube foi fundado em 30 de abril de 1912, mas o time de futebol já havia sido criado um ano antes na mesma data, mas este time, que não tinha nome, teve que ser desfeito por causa dos estudos intensos do segundo semestre, tendo durado pouco menos de seis meses. Porém os garotos se reuniram novamente e decidiram recriar o clube na mesma data, um ano depois.

A reunião de escolha do nome foi feita em maio, nos porões da casa de Adhemar de Meira. Foi usado o chapéu pertencente a Aureliano Lopes Magalhães, e o nome foi retirado pela pequena Alda Meira, que depois se tornaria uma das damas de nossa sociedade. As cores verde-branca foram escolhidas também por sorteio.

Sua diretoria já havia sido escolhida em uma reunião anterior na casa do senhor José Gonçalves, pai de um dos meninos, Secretário de Estado da Agricultura, além de ser um dos fundadores e o Primeiro Secretário do Sport Club (primeiro clube de futebol de Minas Gerais).
A primeira diretoria ficou assim:

Presidente:
Afonso Silviano Brandão
Vice-presidente: Aureliano Lopes de Magalhães (o primeiro a falecer)
Secretário: Adhemar de Meira
Tesoureiro e Zelador: Oscar Gonçalves [por ser pão duro]

O clube foi fundado por crianças de 13/ 14 anos e disputava jogos com garotos de sua idade. Em setembro 1913 o Minas Geraes, fundado na mesma data se extinguiu, e o presidente de honra dos dois clubes, que era o Prefeito de Belo Horizonte resolveu ceder para o América o Patrimônio do Minas Geraes, um campo de futebol, com suas traves. Na mesma época, devido a uma desinteligência acontecida no Atlético Mineiro, todos os seus presidentes até aquela data, e três de seus fundadores, além de meio time se afastaram, e pediram sua inscrição no América. Os meninos que torciam por aqueles atletas fizeram uma reunião para que os estatutos fossem mudados, houve discordância e vários dos fundadores americanos sairam, mas o clube se tornou time de adultos, somando os atletas de Atlético e Minas Geraes, e os meninos americanos formaram o segundo time. Em homenagem aos seus novos membros, o América decidiu substituir os calções brancos por calções negros, se tornando tricolor desde 1913.

1916 a 1925 - DECACAMPEONATO - Fizeram parte da conquista do decacampeonato, naquela época, Geraldino de Carvalho - primeiro negro a fundar e a jogar em um time de futebol no Brasil; o político Otacílio Negrão de Lima e os médicos Mário Pena e Lucas Machado (fundador do Hospital São Lucas).

Quatro anos depois de ser concebido, o AMÉRICA começa a escrever sua história no futebol mundial. O time que vestia as mesmas cores de hoje - o verde, branco e preto - iniciou a maior série de títulos conquistados consecutivamente por um time em todo o planeta.

1933 - PROFISSONALIZAÇÃO - Neste ano, foi oficializado o profissionalismo no AMÉRICA, até então, toda prática esportiva era amadora. O clube protesta contra a implantação do profissionalismo e muda as cores de sua camisa para vermelho e branco, situação que perdurou por dez anos.

1943 a 1948 - RETOMADA DAS CORES DO DECA - A partir do ano de 1943, o América aceita o profissionalismo, retoma as cores que marcaram o decacampeonato e recomeça a investir no patrimônio do clube.

Em 1948, concluiu as obras de seu novo estádio - OTACÍLIO NEGRÃO DE LIMA - período marcado por grandes conquistas como o campeonato mineiro de 1.948, o Estádio da Alameda e o Torneio Quadrangular, que reunia o Vasco da Gama, campeão sul-americano daquele ano, o São Paulo, campeão paulista, e o Atlético, campeão mineiro de 47.

1957 a 1971 - TRÍPLICE COROA - Em 1957, conquistou a tríplice coroa ao ganhar os títulos juvenil, aspirante e profissional. Em 1971, destacamos a vitória do campeonato estadual de forma invicta.

Década de 90 - CAMPEÃO BRASILEIRO (Série B) - Em 1993, o AMÉRICA conquista mais um título estadual, porém, o grande destaque desta década, é a conquista do Campeonato Brasileiro (Série B), que possibilitou ao

AMÉRICA o seu retorno à divisão principal do futebol brasileiro.

2000 a 2005 - COPA SUL-MINAS - Em 2000, o AMÉRICA conquista o título da primeira Copa Sul-Minas. Nos anos 2000, ainda é destaque o Campeonato Mineiro e a Taça MG conquistados, respectivamente, em 2001 e 2005.

2006 a 2008 – CAMPEÃO MINEIRO (Módulo II) - Em um dos seus piores momentos do futebol, o América, único time que havia disputado todas as edições do Campeonato Mineiro, caiu para Módulo II do estadual em 2007. No ano seguinte, deu a volta por cima e conquistou o título do Campeonato Mineiro Módulo II, trazendo o clube alviverde de volta à elite do futebol estadual.

O AMÉRICA sempre se preocupou com sua base. O resultado do trabalho nestas categorias é expressivo, o Clube obteve diversos títulos regionais, além de conquistar em 1996 a Taça São Paulo de Futebol Jr, e em 2000, a Taça Belo Horizonte de Futebol Jr, que contou com a presença do Feyenoord e de inúmeras outras equipes de primeira linha do futebol brasileiro. Destaque também para a conquista do Stemwede Cup Alemanha em 2004.

Fonte: Enciclopédia do América (Autor: Carlos Paiva)



Residentes, quase todos, nos arredores das Ruas Bahia e Timbiras, na bucólica Belo Horizonte de 1912, um grupo de rapazes empolgados com o novo esporte, que começava a virar mania, resolveu fundar um clube para a prática do futebol e passaram a se reunir com frequencia com este objetivo. Fizeram todos os preparativos e tudo se encaminhou muito bem. Mas como se chamaria o novo clube? Como não conseguiam chegar a um consenso o jeito foi fazer um sorteio, e entre Arlequim, Guarany e Tymbiras o nome contemplado foi América.
As cores do clube desde a sua fundação foram verde e branca. Os calções pretos só passariam a ser utilizados três anos mais tarde. Em 1933 foi introduzido o profissionalismo no futebol mineiro e o América, contrário a isto, em protesto, usou durante 10 anos um uniforme vermelho e branco, retomando em 1943 as cores alvi-verdes. Em 1971, foi usada pela primeira vez a atual camisa com listras verticais verdes e pretas, foi em uma partida amistosa contra o Nacional do Uruguai no Mineirão.
A primeira equipe americana foi formada por Oscar Gonçalves, Leonardo Gutierrez e Fioravante Labruna, Luiz Guimarães, Augusto Pena e Lincoln Brandão, Dario Ferraz, Waldemar Jacob e Geraldino de Carvalho.
No ano seguinte de sua fundação, em 1913, o América fundiu-se com o Minas Gerais Futebol Clube e o elenco cresceu muito. Outra adesão importante foi a ida de jogadores do Atlético Mineiro para o América, devido a problemas internos do adversário.
A primeira grande vitória foi contra o Atlético Mineiro por 1 x 0 , gol de Júlio Cunha e o primeiro amistoso interestadual foi contra o Flamengo no campo do Prado Mineiro e o América venceu por 2 x 1.
O início de um período de glórias, jamais visto pelo futebol mineiro, começou em 1º de Novembro de 1915. O América venceu a até então imbatível Equipe dos Ingleses da Mina do Morro Velho, formada exclusivamente por jogadores ingleses, por 3 x 0. Jogaram pelo América: Didico, Mário Pena e Luiz Guimarães, Kainço, Otávio Pena e Henrique Diniz, Edson Jacob, João Brito, José Borges, Oscar Monte e Mimi.
Em 1916 o América armou a poderosa equipe que conquistou o campeonato nesse ano e nos nove subseqüentes até 1925. O América se sagrava assim decacampeão estadual. Um recorde nunca ultrapassado por nenhum time brasileiro. Os heróis dessa conquista que engrandece o pavilhão americano: Didico e Gargalhada (Euclides e Celso Mascarenhas), Marute (Mário Pena), Luiz Guimarães, Kainço(Carlos Quadros), Otacílio Negrão de Lima, Francisco Mattos, Fausto Joviano, José Borges de Carvalho, Oscar Monte, Floriano Faria, Antônio A. Benjamim, Edson Jacob, Waldemar Jacob (Rato), Fausto Ferraz, Gérson de Salles Coelho, Líncoln Brandão, Augusto Pena, Honório Otoni, Manoel Hermeto, Augusto Pinto, Antônio Hermeto (Tonico), Mário Jungueira, Mário Pereira, Vicente Innéco, Camilo Pimentel, Bolivar Moreira de Abreu, Joel de Salles Coelho, Lucas Machado, Raimundo Duarte de Oliveira, Gilberto Dufles, Afonso Silviano Brandão, Geraldino de Carvalho, Henrique Den Dopper, Alcides Meira, Márcio Motta, Francisco Rodrigues da Silva, Satyro Taboada e Agenor Silva.
Em Setembro de 1922, o América inaugurou o seu primeiro estádio, onde se encontra atualmente o Mercado Municipal, mas um grande marco na vida americana foi o dia 27 de Maio de 1948, quando o Estádio "Otacílio Negrão de Lima", foi inaugurado. No mesmo ano conquistou o título de Campeão Mineiro e depois disto foi campeão também em 1957.
Lamentavelmente, na década de 60 um dirigente mediocre resolveu fechar o departamento de juvenil do América em 1964, (reaberto no ano seguinte), perdendo para o rival Cruzeiro jogadores do quilate de Tostão, Hilton de Oliveira, Wanderley entre outros que ajudaram o clube rival a montar uma das mais brilhantes equipes do futebol brasileiro.
Nessa época o América experimentou sua pior fase, perdendo a condição de principal rival do Atlético Mineiro, com quem disputava o encarniçado "Clássico das Multidões". Passou 14 anos sem conseguir nenhum título expressivo só voltando a conquistar outro campeonato em 1971. Foi nessa época que os simpatizantes do Cruzeiro ultrapassaram em número os torcedores do América. De bom dessa epóca foi também a ótima campanha no Campeonato Brasileiro de 1973, quando obteve a 7ª colocação. Porém o clube não conseguiu deslanchar, e com dificuldades financeiras vendeu parte de seu patrimonio, inclusive seu estádio. Passou por uma crise também de identidade, chegando a mudar-se provisoriamente para a vizinha cidade de Contagem e passou mais 22 sofridos anos sem grandes conquistas.
No final da década de 80 e início da década de 90 , através dos americanos José Flávio Lanna Drumond e Magnus Lívio Lucas de Carvalho , inicia-se uma fase de renascimento, com forte retomada dos investimentos nas categorias de base e contratações de bons jogadores , ano a ano o clube foi ganhando força e conquistou o Campeonato Mineiro de 1993, após 22 anos de espera. Conquistou também o Campeonato Brasileiro da série B em 1997, na administração de Marcus Vinícius Salum . O Campeonato Mineiro de 2001 e o título de Primeiro Campeão da Copa Sul Minas em 2000 além de sagrar-se várias vezes vice-campeão mineiro e obter importantes conquistas nas categorias de base.
Injustiçado por um regulamento estranho o América foi rebaixado em 1993 no Campeonato Brasileiro apesar de ter obtido a 14ª posição em um torneio com 32 equipes. A diretoria resolveu ingressar na justiça comum e o clube foi punido pela CBF, ficando impedido de disputar os torneios por ela patrocinados de 1994 até 1996. Em 1997 sagrou-se Campeão Brasileiro da Série B e retornou a elite do futebol brasileiro. Segue-se novo período de instabilidade: Disputa a série A em 1998, mas retorna para a série B em 1999, volta a disputar a série A em 2000 (Copa João Avelange) e 2001, cai novamente, disputando a série B de 2002 a 2004, o América não consegue se firmar e o time cai para a série C que disputa em 2005 e 2006.
A vocação do América se consolida como sendo a de um clube formador de grandes craques. No América foram formados grandes jogadores do futebol brasileiro e mundial como Tostão (campeão na Copa do Mundo de 1970), Éder Aleixo, Palhinha, Euller, Gilberto Silva, Evanilson, Fred (todos com passagem pela Seleção Brasileira), dentre muitos outros.
Cabe a diretoria traçar um planejamento para manter por mais tempo os jogadores que forma com tanta competência, obtendo conquistas mais significativas que consolidem e aumentem a sua torcida e eternize definitivamente o clube.


Fundadores:
Os fundadores do clube foram Ademar Meira, Afonso Silviano Brandão, Alcides Meira, Álvaro Moreira da Cruz, Augusto Pena, Aureliano Lopes Magalhães, Caetano Germano, César Gonçalves, Francisco Bueno Brandão, Fioravante Labruna, Gérson de Salles Coelho, Guilherme Halfed, Henrique Diniz Gomes, José Miranda Megale, Leonardo Gutierrez, Leon Roussoulliéres Filho, Oscar Gonçalves e Waldemar Jacob.
Todos os Presidentes:
1º Afonso Silviano Brandão 2º Otacílio Negrão de Lima 3º Jair Pinto dos Reis 4º Arthur Pinto Ferreira 5º Aleixanor Pereira 6º Cel. Oscar Pascoal 7º Francisco Gama Netto 8º Clovis de Magalhães Pinto 9º Cel. Antônio Ribeiro de Abreu 10º Álvaro Edward Ribeiro 11º Sandoval de Castro 12º Antônio Carvalho Bicalho 13º Saint’Clair Valadares 14º Alair Gonçalves Couto 15º Rui Gervásio de Avelar 16º Clóvis de Alencar Mattos 17º Rômulo Joviano 18º Antônio Pereira da Silva 19º Ramiro de Barros 20º Lindouro Augusto Gomes 21º Otávio Penna 22º Gerson de Salles Coelho 23º Cel. Pedro Paulo Penido 24º Carlos Quadros 25º Hugo Balena 26º Osvaldo Nobre 27º Henrique Diniz Gomes 28º - Junta Governativa formada por: Helvécio F. de Carvalho Sandoval de Castro Caetano Vasconcelos 31º Antônio Ubaldo Pena 32º Jorge Antônio Ibrahim da Silva 34º Jaime Rigueira 35º Antônio Abraão Caram 36º Mário Diniz Starling 37º Wilson Gosling 38º Afonso Celso Raso (3 vezes) 39º José de Oliveira Vaz 40º Armando Cordeiro 41º Déllio Alves Martins 42º Walter de Mello e Silva 43º Hélio Brasil 44º Amador de Barros 45º Ruy da Costa Val 46º Ilânio Starling 47º Paulo Afonso da Silva 48º José Flávio Lana Drumonnd 49º Magnus Lívio (2 vezes) 50º Marcus Salum 51º Carlos Alberto de Freitas 52º Délcio Tolentino/Milton Cabral 53º Antônio Manoel Baltazar

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